Na alta sociedade, o whisky é uma das bebidas mais apreciadas. Com o
aumento do poder de compra da população de muitos países, essa bebida passou a
integrar o cardápio da classe média também. No entanto, algumas marcas
continuam sendo de exclusividade das classes mais abastadas, devido ao valor dos
melhores whiskies do mundo. Alguns, aliás, compatíveis com os bolsos de um
seleto grupo.
Os whiskies são produzidos em muitos países do globo terrestres, no
entanto, os escoceses são, de longe, os preferidos. Esta bebida pode ser
produzida apenas com cevada maltada, o malte, ou com a mistura de vários
cereais, como o trigo, aveia, e principalmente, o milho e o centeio, além da cevada
maltada ou não maltada.
Desta forma, o whisky pode ser Single Malt, fabricado apenas com
cevada; Vatted, produzido com a mistura de dois ou mais singles maltes; Grain,
que contém cereais como milho ou trigo e alguns de centeio; ou Blended, que mistura
whisky de malte e de grão. Além da composição, outro fator importante é o tempo
de envelhecimento, de forma geral, os mais envelhecidos tornam-se os mais caros.
Por isso, atualmente, o whisky considerado o mais caro do mundo é o Macallan
Fine & Rare, 1926, que custa em torno de US$ 38.000. Além de ser o mais
antigo dos whiskies produzidos, é também o mais procurado da coleção Fine &
Rare da Macallan, que, aliás, não existe mais para a venda. No entanto, ele
pode ser degustado no Old Homestead Steakhouse, no Borgata Hotel Casino
& Spa em Atlantic City, New Jersey, EUA, em uma dose que sai por US$3.300.
Envelhecido por 60 anos, nos melhores barris, o Macallan pertence
a uma das mais tradicionais marcas de whisky da Escócia. O segundo lugar no
ranking dos whiskies mais caros do mundo também fica por conta da The Macallan,
o The Macallan Fine & Rare Collection, safra 1939, envelhecido por 40 anos.
No entanto, há controvérsias, uma vez que o preço indicado desta bebida é de
US$ 10.125, sendo que existem outras mais caras do que ele.
Outro whisky escocês que leva também o título de mais caro do mundo é o
Dalmore Trinitas 64, estimado em 118 mil euros por garrafa, existem apenas três
unidades. Com rolhas portuguesas, da coleção Premium Top Series da corticeira
Amorim, a bebida foi fabricada a partir de uma combinação rara de vintages das
colheitas de 1868, 1878, 1926, 1939 e 1940. O envelhecimento foi realizado em um
barril artesanal de carvalho americano branco de 9 litros, temperado com
whiskies raros da marca, além de dois sherries antigos, durante apenas dois anos.
Este whisky foi lançado em 2010.
Já o Single Highland Malt Scotch Whiskey é outro whisky escocês
considerado o mais caro dos whiskies, sendo que foi produzido com quatro maltes
únicos, datados de 1868, 1876, 1926 e 1939. Cada garrafa teve em sua rotulação um
nome único, e no ano de 2005, a intitulada Matheson arrecadou 32.000
libras numa venda em um leilão em Pennyhill Park Hotel, Surrey, próximo a Londres.
Continuando o ranking, levando em consideração que os já citados
disputam as três primeiras posições, a quarta fica para o também escocês The
John Walker 1805 Pack, de US$ 20.000. Ele é caracterizado por ser uma bebida
forte, sendo um blend de mistura, fabricado, especialmente, para homenagear John
Walker. É uma mistura de whiskies raros, muitos deles pertencentes a destilarias
já extintas ou com idade entre 45 e 70 anos, que resultou em somente 200
garrafas. Entretanto, nenhuma delas está à venda, sendo provada apenas por determinados
indivíduos, que tenham contribuído de alguma maneira, para os dias atuais,
segundo os diretores da empresa.
O quinto lugar fica por conta do escocês Glenfiddich Rare Collection,
1937, que custa em torno de US$ 20.000, sendo que em 2006 foi vendido em um leilão
em Nova York, EUA. Este whisky foi envelhecido em barril de cascos de
carvalho, fabricados artesanalmente. Depois de 64 anos, rendeu somente 61 unidades
de uma bebida robusta e colorido, com sabores de canela, cravinho, caramelo.
Já o escocês The Balvenie Cask 191 é considerado o sexto whisky mais
caro do mundo. Com preço estimado em US$ 13000, é possível encontra-lo no Park
Avenue Liquor Shop, New York, EUA. O seu nome se deve ao fato de que no ano de
1952, o barril de número 191, que continha o último Balvenie de malte único dos
anos 50, foi maturado num único barril xerez. Em 2002, este barril serviu para
engarrafar 83 unidades.
Conforme alguns levantamentos, o já citado The Macallan Fine & Rare
Collection, 1939, com 40 anos de envelhecimento e custando o valor de US$ 10.125
fica na sétima posição entre os whiskys mais caros do mundo. Depois do famoso Fine
& Rare de 1926, Fine & Rare Collection, 1939 foi a próxima bebida a ser
produzida. Este whisky, engarrafado em 1979 e, novamente, no ano de 2002,
possui um sabor forte com pitadas de turfa e madeira, misturados a paladares doces
de frutas secas e caramelo.
Do mesmo fabricante, o Macallan Lalique fica no oitavo lugar do
ranking. Com o valor de US$ 10.000, foi produzido como uma edição limitada, em 2006,
para comemorar o aniversário da marca. Este single malt de profundo âmbar, produzido
com cevada, possui palato com notas de cardamomo, cominho, chocolate e ameixa.
Ainda é possível de encontra-lo à venda.
O também escocês Bowmore, da Ilha de Islay, pode ser encontrado por US$
7.000, recebendo a nona posição. Envelhecido 40 anos, tem uma história curiosa,
pois ele passou os primeiros 20 anos do seu envelhecimento em um barril de xerez
espanhol. No entanto, em 1975, teve uma fuga, sendo necessário colocá-lo em um
barril de bourbon, uma vez que não estavam disponíveis outros barris de xerez. Permaneceu
mais 10 anos envelhecendo, sem que ninguém soubesse como inventariar o barril,
que foi deixado em um canto do armazém. No final dos anos 1980, a empresa percebeu
que tinha ali um whisky raro, e por isso, esperou mais 10 anos para lançar a
bebida.
Por fim, O Johnnie Walker volta a aparecer, na décima posição com o seu
whisky Blue Label Anniversary Pack, que está estimado em aproximadamente US$ 3.500.
Esta bebida teve 678 garrafas disponibilizadas para a venda. É bastante
procurado, segundo os especialistas, principalmente por ser um premium blend, assinalado
de 1805 a 2005.
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